Em resposta as agressões, ou seja, reação á ação, o ódio sentido pelos opressores se faz presente.
Em uma consulta ao Deus Orunmilá, o Senhor do oráculo de Ifá, e nos foi revelado que a justiça virá com Xangô destilando raios de fogo e com isso incendiando os territórios inimigos.
Ogum com sua espada desbravará nossos caminhos derrubando obstáculos e degolando nossos opositores.
Obaluaê ira fazer a disseminação de doenças contagiosas e letais nos seios de nossos inimigos, e com amor e competência cuidará dos nossos irmãos feridos em combate.
Ossaim com sua sabedoria e conhecimento em ervas medicinais auxiliará Obaluaê em suas tarefas.
Oxossi Senhor e guardião das florestas, Deus da caça, se encarregará de nos trazer alimento, enchendo nossas panelas.
Iemanjá nossa grande mãe, com seu amor e paciência materna, cuidará de nossas crianças futuros guerreiros e de nossos lares.
Oyá virá através dos ventos, varrendo a covardia, e com isso transformando nossas irmãs em guerreiras, ai então reconstituindo o geledés.
Os Eguns de nossos ancestrais membros da Ogboni, deixando nossos adversários aterrorizados, ao nos auxiliar, materializados ou não.
Exu percorrerá as trilhas e os caminhos dos territórios inimigos, colocando-os uns contra os outros, e nos trazendo informações secretas de seus planos de massacres.
Obatalá ficará entre nós, nos concedendo união, harmonia e paz, para continuarmo-nos com dignidade, integridade e perseverança na luta.
E após o termino da guerra na qual seremos vitoriosos, Oxumarê cairá então dos ares na forma de chuva para apagar os incêndios, e depois se transformará em um lindo arco-íris, iluminando o novo mundo.
Oduduwa então ficará contemplado ao constatar que seus descendentes depois de séculos de injustiças, crueldades e massacres se levantaram contra tudo isso através do amor, ódio e inteligência destronaram os inimigos racistas, e com isso reconstruindo o que ele próprio, Oduduwa criou.
Olodumaré no Orun administrará o novo mundo agora reconstruído pelos filhos, ele fará com que o novo mundo, o Aiyê, se torne como no passado, um mundo natural, da forma em que foi construído a milhões de anos atrás em Ilê-Ifé, onde o homem era homem, a mulher era mulher, a criança era criança, ou seja a vida era vida.
Axé.
Abisogun Olatunji Oduduwa
(UCPA – Nº 02 de 09/2002)
2 comentários:
ola, irmão, aqui quem fala é o Abisogun; eu gostaria de dizer que tenho este texto revisado e se você quizer lhe mandarei para você.
Com certeza irmão. Envie o texto, será uma contribuição fundamental. Axé. Alaru
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