"Nzambi a tu bane nguzu um kukaiela"

segunda-feira, 8 de março de 2010

Parabéns por todos os dias

Não existem palavras para definir o significado da luta da mulher preta.

Das quitandeiras e lavadeiras do Carmo, as militantes e yalorixás espalhadas por todo o mundo.

Seus atos, falam por si só:

Harriet Tubman, também conhecida como "Black Moses", nasceu em 1820, no condado de Dorchester, Maryland, EUA. Aboilicionista, colaboradora da União durante a Guerra Civil. Durante sua vida lutou pela liberdade dos irmãos pretos, realizando treze missões, nas quais libertou 700 irmãos. Nossa amada heroína faleceu em 1913.

Yaa Asantewa, Rainha de Edweso, foi a alma do povo Ashanti.

"Se fosse nos dias corajosos de ontem, os dias de Osei Tutu, Okomfo Anokve, e Opolu Ware, os chefes não teriam continuado sentados assistindo o seu Rei sendo levado embora, sem diparar um tiro. Nenhum branco teria ousado falar aos chefes dos Ashanto da maneira como o governador falou com vocês esta manhã. (...) Eu tenho que dizer o seguinte: se vocês, os homens de Ashanti, não vão adiante, ñós vamos. Nós mulheres vamos. Eu chamarei as minhas companheiras. Nós os brancos. Combateremos até que nossa última companheira caia nos campos de batalha".

Fala da rainha ashanti, antes da reação dos homens ashanti contra os ingleses que capturam o Rei Prempeh em 1896 para o exílio.

Sojourner Truth, nasceu em 1797, em New York, EUA. Foi para o Canadá em 1827, levando seu filho mais novo. Em 1829 regressou a New York, após a abolição nesse estado. Mais tarde tornou-se uma oradora famosa na defesa do abolicionismo e dos direitos das mulheres.

Rainha Tereza de Quariterê, líder do Quilombo Quariterê, nasceu em Benguela, Angola. Grande guerreira liderou por duas décadas o quimlombo - 1750 a 1770. Quariterê foi um bem estruturado quilombo do Mato Grosso, a liderança contava com um conselho. Além dos alimentos produzidos em sua agricultura comunitária; produzia tecido; e instrumentos com ferro das algemas e objetos usados pelos opressores. Os quilombolas conseguiram diversas vitórias contra expedoções luso-brasileiras, então o governo criminoso preocupado com a situação exigiu a prisão de Tereza e o fim do quilombo. Depois de anos de derrotas e baixas consideráveis, uma expedição organizada em 1770, capturou e matou metade dos quilombolas, aprisionando a Rainha Tereza, que se suicidou com ervas venenosas. Ela é lembrada como um símbolo da luta de nosso povo, foi fundamental para a liberdade de inúmeros irmãos.

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