"Nzambi a tu bane nguzu um kukaiela"

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Agostinho Neto



Agostinho Neto governou Angola de 11 de novembro de 1975 a 10 de Setembro de 1979, sendo sucedido por José Eduardo dos Santos, atual presidente. 


(Família de Agostinho Neto - o último da direita)


Ele nasceu em 17 de Setembro de 1922, na região de Catete, em Ícolo e Bengo, 60 km de Luanda. E faleceu em 10 de Setembro de 1979, aos 56 anos, em Moscou.


Antônio Agostinho Neto, médico angolano, formado nas Universidades de Coimbra e de Lisboa, tornou-se o primeiro presidente de Angola. 




Durante a guerra de independência foi preso - em fevereiro de 1955 - pela polícia política do regime Salazarista (PIDE), sendo deportado para prisão política Tarrafal, localiza no Cabo Verde.


Solto em julho de 1957. Em 1958 participou da fundação do Movimento Anticolonialista, formado por: Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique, São Tomé e Príncipe.
E assumiu a direção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). 



Paralelamente, desenvolveu uma atividade literária, escrevendo textos políticos e poemas.


De Argel e de Brazzaville, Agostinho Neto dirigiu as atividades políticas e de guerrilha do MPLA durante a Guerra de Independência de Angola (1961 – 1974), e durante o processo de descolonização (1974/75).



A independência de Angola foi declarada pelo MPLA em 11 de Novembro de 1975. 


Neto assumiu a função de Presidente da República estabelecendo um regime monopartidário, inspirado no modelo então praticado nos países do Leste europeu.

(Agostinho  Neto e o almirante Cardoso assinam o acordo de tréguas)

Durante este contexto ocorreram graves conflitos internos no MPLA. Onde foi colocada em dúvida a liderança de Agostinho Neto. No início dos anos 1970, surgiram duas tendências opostas à direção do movimento, a "Revolta Ativa" constituída no essencial por elementos intelectuais, e a "Revolta do Leste", formada pelas forças de guerrilha localizadas no Leste de Angola.



A divisão foi “superada” num processo de negociação que terminou com a reafirmação da autoridade de Agostinho Neto. 
Mas muitos acreditavam que Nito Alves - que seria expulso do MPLA em 21 de maio de 1977 -, possuía melhores condições políticas para dirigir Angola. Nito Alves foi considerado o principal condutor na guerra de guerrilha nas selvas angolanas, quando Neto estava fora do país

(Agostinho Neto abraça Jonas Savimbi)

Posteriormente entre os coronéis e generais cubanos, surgiu o comentário sobre suposta "traição" de Neto, que se aproximava do ocidente. 


(Nito Alves)

"Os que fazem história nem sempre podem  escrevê-la" (Nito Alves)


Contratos com empresas holandesas, francesas e suíças para a aquisição de equipamentos bélicos, aumentaram a insatisfação do bloco vermelho. 
Em setembro de 1979, Agostinho Neto viajou para a União Soviética para tratar uma cirrose hepática, dias depois foi divulgada a notícia de seu falecimento.
Moscou e Havana, participaram dos acontecimento decisivos que levaram o "desconhecido" engenheiro, José Eduardo dos Santos, à presidência. De resto, só restaram os rumores.


Alaru (UCPA)

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