[...] A questão da militância tem que ter esse sentido e aí nós temos que aprender com os nossos antigos, os africanos, esse sentido da sabedoria, esse sentido de saber a hora em que você vai interferir e como você vai interferir, fora desse lance individualista. (MNU Jornal, n° 19, maio/junho/julho, 1991, p. 8-9.)
Militante, intelectual, professora e antropóloga.
Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 01 de fevereiro de 1935.
Presença ativa na luta de nosso povo e no combate à violência contra a mulher.
Foi uma das fundadoras do MNU. E pioneira nos cursos de História e Cultura de nosso povo.
Doutorou-se em Antropologia Social, em São Paulo.
Colaboradora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras e do Coletivo de Mulheres Negras Nzinga.
Colaboradora no II Congresso da Mulher Paulista em Valinhos, onde foi criado o SOS Mulher.
Em conseqüência desse tipo de atividade foram criadas, inicialmente em São Paulo - em 1985 -, as Delegacias de Defesa da Mulher. A Constituição de 1988 passou a reconhecer a violência doméstica e a necessidade de o Estado criar mecanismos para combate-la.
Pertenceu ao Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombos, que realizava um carnaval que exaltava as raízes do velho samba carioca, e foi uma das fundadoras do grupo Olodum, de Salvador, Bahia.
Nossa amada irmã, faleceu vítima de problemas cardíacos, no Rio de Janeiro, aos 59 anos.
Nos últimos dias, foi eleita, por reconhecimento de sua competência, Chefe do Departamento de Sociologia, da Pontifícia Universidade Católica, a PUC, Rio de Janeiro.
Destacaram-se os livros Lugar de Negro (1982), com Carlos Hasenbalg, e Festas Populares no Brasil, premiado na Feira de Frankfurt.
Um comentário:
Ficou bonito! A memória de Lélia merece. Axé!
Memorial Lélia Gonzalez
www.leliagonzalez.org.br
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