"Nzambi a tu bane nguzu um kukaiela"

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Stokely Carmichael: "Agora, eu quero fazer uma distinção entre um militante preto e um revolucionário preto

Stokely Carmichael: "Agora, eu quero fazer uma distinção entre um militante preto e um revolucionário preto. Eles são muito confusos porque, de início, se parecem. Um militante preto é um homem preto (Black) irritado – observe que eu não disse negro (Negro) – está irritado com as pessoas brancas por mantê-lo fora do sistema branco. Vocês o veem o tempo todo. Eles descobrem que a cidade está ficando tensa, eles tem seus afros e dashikis, eles correm pelas ruas. Estão nos noticiários, dando conferências de imprensa pelas esquinas. “Se os homens não nos dão um programa de pobreza, esta cidade virá; e vamos seguir para Detroit, e vamos seguir para Washington”. De repente, eles estão na televisão todos os dias, dizendo ao prefeito: “Senhor Prefeito, esta cidade vai queimar. Conheço o sentimento das pessoas no gueto. Eu estou junto com elas. Conheço a sua alienação. Conheço o seu senso de abatimento. Eu sei isso; eu sei disso; e a cidade queimará”. O prefeito coloca-o em um comitê e lhe dá um emprego de US$ 30.000 por ano; então, a cidade explode e eles correm pelas ruas: “Acalme-se, irmãos, começamos o diálogo com o prefeito”.
Mas um revolucionário preto é um jovem irritado que quer derrubar e destruir todo um sistema que oprime o seu povo e o substitua por um novo sistema onde seu povo possa viver como seres humanos.
Este país está cheio de militantes pretos, mas há poucos revolucionários pretos. Precisamos de mais revolucionários pretos e menos militantes. O militante, em última análise, é um homem que se preocupa apenas com ele mesmo; além do que, ele usa os sentimentos do seu povo para se autopromover. Esse é o pior crime que você pode cometer".

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